IV Teia da Memória em Belém mostra experiências

Aline Cântia, Chicó do Céu e Silas, do Ponto de Memória do Pompéu, representam o Imersão Latina na Teia da Memória e Fórum de Museus

Em sua 1ª edição na região Norte, o Fórum Nacional de Museus (FNM) foi aberto neste domingo no Hangar pela ministra interina da Cultura, a paraense Ana Cristina Wanzeler. Ao lado do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Ângelo Oswaldo, e do secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves Fernandes. O evento, que transcorre até sexta-feira (28) abre espaço para a discussão de propostas de fortalecimento da cultura amazônida no contexto nacional, como destacou a ministra Ana Wanzeler, antes da solenidade de abertura oficial do fórum. “Esse conceito de museus criativos, que é o tema do Fórum, abrange a criatividade e a diversidade cultural e estamos no local ideal, que é a Amazônia, com as suas expressões da cultura”, observou. No PAC Cidades Históricas existem 15 projetos previstos (R$ 47,6 milhões) para serem deslanchados no Pará, como a restauração do Teatro São Cristóvão, do Ver-o-Peso e Cemitério da Soledade.

Ana Wanzeler destacou que o Pará passou a contar com a primeira incubadora cultural do País, a Incubadora Pará Criativo e três CEOs de Arte passaram a funcionar no Norte do País, região que deverá receber outros até o final deste ano. A ministra afirmou que em junho deste ano esteve em Belém para o lançamento do vale-cultura e já foram distribuídos 14 mil cartões. “Vamos continuar na luta para que o vale-cultura faça parte da cesta básica do trabalhador brasileiro”, ressaltou, observando que nos moldes do vale-alimentação e vale-transporte o vale-cultura, como disse a ex-ministra Marta Suplicy, é o “alimenta da alma”.

No contato com o secretário de Cultura Paulo Chaves Fernandes, a ministra Ana Wanzeler lembrou o tombamento do carimbó como patrimônio imaterial da cultura brasileira em setembro último, e do Círio em 2013. O presidente do Ibram, Ângelo Oswado, afirmou ser a 6ª Edição do FNM um momento de avaliação do que foi desenvolvido pelos museus e pelo Governo Federal e outras instâncias do poder público no País na gestão da ex-ministra Marta Suplicy, bem como a discussão e encaminhamento de ações para o novo mandato da presidente Dilma Rousseff. Ângelo Oswaldo destacou que ainda anteontem, na abertura da IV da Memória no Museu Paraense Emílio Goeldi, ele anunciou que o Governo do Rio de Janeiro, em articulação com o Ministério da Cultura, montou uma comissão para encaminhar uma solução que garanta a permanência do Museu da Maré (RJ) em meio ao processo de extinção dessa unidade da cultura brasileira.

Ângelo Oswaldo disse que o Brasil possui 3.500 museus em 1.500 municípios, ao passo que são 5.600 municípios brasileiros. Como destacou, não se trata de criar museus, mas de mantê-los em funcionamento como referências à cultura nacional. Nesse sentido, destacou os museus do Marajó e do Bordado, em Santarém.

Fonte: http://www.ormnews.com.br/